Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Fique de olho nos juízes

Em reportagem de Marcelo Auler, o diário “Lance!” de hoje revela que a CBF está patrocinando um torneio de futebol entre juízes federais espalhados pelo país na Granja Comary, com tudo pago pela entidade.

A reportagem mostra um e-mail de um juiz federal, Wilson Witzel, que é diretor de esportes da AJUFE (Associação dos Juízes Federais) convidando seus pares para o evento que será realizado nos dias 11, 12 e 13 de novembro. Witzel está lotado na 2a. Vara de Execuções Fiscais de São João do Meriti, na Baixada Fluminense.
Não é a primeira vez que a CBF faz gentilezas a magistrados, porque ficaram famosos os vôos da alegria por ela promovidos nas Copas do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, e em 1998, na França, quando até desembargadores da Justiça do Rio de Janeiro, com suas mulheres, foram convidados da CBF em hotéis cinco estrelas.
A Corregedoria do Tribunal de Justiça fluminense chegou a se manifestar a respeito, não vendo, no entanto, nenhum problema ético ou de conflito de interesses, embora viva julgando casos que envolvem não só a CBF como, principalmente, seu presidente.
Como lembra o diário “Lance!”, Ricardo Teixeira já foi condenado, em agosto de 2000, a seis anos de reclusão por prestar informações falsas às autoridades fazendárias, mas a sentença ficou por tanto tempo para ser decidida no STJ (Superior Tribunal de Justiça) que, quando foi, o crime já estava prescrito e ele se livrou da condenação.
A grave denúncia do “Lance!” surge exatamente quando o STF (Supremo Tribunal Federal)  avalia a competência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para julgar magistrados.
A decisão deveria ter saído ontem, mas foi adiada, exatamente porque a opinião pública manifestou sua indignação com a ameaça de limites ao necessário contrôle externo da magistratura.
Tudo porque, corajosa, a corregedora-geral da Justiça, Eliana Calmon, referiu-se à “infiltração de bandidos escondidos atrás da toga”.
Ao que tudo indica, há também alguns que calçam chuteiras, aproveitam-se de mordomias comprometedoras e não estão nem aí para as mulheres de César, que além de ser devem parecer honestas.

por Juca Kfouri às 11:10

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