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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

BH fica em 2° lugar na violência



HOMICÍDIOS

Taxa de mortes para cada 100 mil pessoas é a mesma nos últimos dez anos
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JOANA SUAREZ

Belo Horizonte é a segunda capital mais violenta da região Sudeste e não conseguiu reduzir os índices de assassinato nos últimos dez anos, de acordo com o levantamento do Instituto Sangari, de São Paulo, com base nos dados fornecidos pelo Ministério da Saúde. A capital apresentou, em 2010, 34,9 homicídios para cada 100 mil habitantes - em 2000, eram 34,8. A cidade está com mais de oito pontos acima da média nacional, que é de 26, 7 assassinatos para cada grupo de 100 mil pessoas.

Na contramão das outras cidades que apresentaram redução considerável no número de mortes, a exemplo de São Paulo que reduziu o índice em 80%, a capital mineira se manteve estável nos últimos dez anos. No entanto, a partir de 2004, os índices de criminalidade de Belo Horizonte e da região metropolitana começam a apresentar queda. Naquele ano, 55,1 pessoas eram assassinadas a cada 100 mil habitantes e passou para 33,8 ocorrências em 2010, uma redução de 39%.

Para o coordenador da pesquisa,Júlio Waiselfisz, três fatores explicam a redução das taxas de homicídios em alguns lugares: campanha do desarmamento, investimento em segurança pública e políticas estaduais.

A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) não comentou os índices apresentados pela capital na última década. No entanto sobre a redução dos crimes na região metropolitana nos últimos seis anos, por meio de nota, o órgão informou que o fenômeno se deve ao investimento do Estado em Segurança Pública. A secretaria informou que "no período (2004/2010), foram R$ 33,7 bilhões destinados à área". A Seds citou ainda programas de "sucesso na prevenção à criminalidade violenta, como o Fica Vivo que diminuiu mais de 50% dos homicídios entre jovens".

Minas. O mapa da violência também revelou dados alarmantes na última década, com o crescimento de 72% no número absoluto de homicídios no Estado, embora no período entre 2004 e 2010 tenha apresentado uma tendência de queda de 20% nas ocorrências. O principal fator do declínio foram os baixos índices da região metropolitana de Belo Horizonte.

Em contrapartida, nos municípios do interior, as taxas continuaram a subir. Apenas entre 2004 e 2010, houve um crescimento de 17,3%. Em 2004, 485 dos 853 municípios mineiros - 57% - não tiveram registro de homicídios. Em 2010, esse número caiu para 446. Em relação a interiorização dos homicídios, a Seds destaca que, "infelizmente", trata-se de um fenômeno nacional.
Brasil
O estudo mostra que os homicídios no Brasil passaram de 13,9 mil em 1980 para 49,9 mil em 2010, o que representa um aumento de 259%. São mais de um milhão de pessoas assassinadas em três décadas. "Se matou muito mais gente no Brasil do que em países onde há conflito armado", disse o responsável pela pesquisa Júlio Waiselfisz.
Raça
O estudo mostra que enquanto pessoas brancas estão
morrendo cada vez menos como vítimas de homicídios, os boletins de ocorrência registram elevação de assassinatos contra os negros. Foram assassinados 13.668 brancos em 2010 e 33.264 negros. Em 2002, 18.852 foram mortos contra 26.952 negros.
Jovens
Em relação aos assassinatos de jovens, entre 15 e 24 anos de idade, os números também são alarmantes. Mais de 201 mil pessoas nessa situação foram mortas em 2010. Na
comparação com 2000, o mapa registrou crescimento de 11,1% de homicídios contra jovens.
INTERIOR
Cidades-polo têm altos índices de criminalidade
Cinco cidades grandes de diferentes regiões de Minas apresentaram crescimento nas taxas de homicídios por 100 mil habitantes na última década. De acordo com o relatório do Instituto Sangari, Ipatinga, no Vale do Aço, subiu169%, Juiz de Fora, na Zona da Mata, subiu 29,7%, Varginha, no Sul do Estado, 394%, Uberlândia, no Triângulo Mineiro, 133% e Montes Claros, no Norte de Minas, 418,3%.
O delegado de Ipatinga, Walter Felisberto contesta os números da pesquisa. "As estatísticas não revelam a realidade. No ano passado foram 46 homicídios e este ano, até agora, 32", disse. Já o relatório, aponta 67 assassinatos na cidade em 2010.

Em Montes Claros, o diretor do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), Emerson Rocha, afirma que os dados reais são ainda mais "assustadores". "A sensação de insegurança é enorme. O efetivo da polícia reduziu pela metade nos últimos anos. Somos a capital do Norte de Minas e temos apenas 20 investigadores", destaca.


Ranking. A cidade que registrou a maior taxa de homicídios em 2010 foi Ritápolis (121,8), na região Central, seguida de Serra Azul de Minas (94,8), na mesma região. A cidade da região metropolitana que aparece com maior índice é Betim, com 56,9. (JS)

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