Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Trabalhadores lutam por reposição de perdas e vereadores por um gordo e injustificável aumental salarial

Vereadores aumentam o próprio salário em BH
Projeto que concedeu um reajuste de 61,8% aos parlamentares teve tramitação recorde no legislativo municipal
Publicado no Super Notícia
LARISSA ARANTES
falesuper@supernoticia.com.br
 
FOTO: LÉO FONTES
Em sessão que terminou com o silêncio da maioria dos políticos, população protestou contra benefício
A sessão plenária de ontem da Câmara de Belo Horizonte teve um fim estranhamente silencioso. Nem mesmo o presidente Léo Burguês (PSDB) dispôs-se a conversar com a imprensa após a aprovação, por 22 votos a 3, do Projeto de Lei que eleva em 61,8% o valor dos salários dos vereadores da próxima Legislatura. A proposta teve tramitação recorde. Foi protocolado na última segunda-feira e aprovado ontem.

A remuneração atual é de R$ 9.288,05 e saltará para R$ 15.031,76 - valor que corresponde a 75% do que ganham os deputados estaduais mineiros. A equiparação está prevista em lei federal, mas não obriga que os vereadores cheguem a esse teto.

Mas os vereadores preferiram se presentear com um índice muito descolado da realidade da maior parte dos trabalhadores brasileiros (confira a arte).

Os futuros parlamentares da Casa passarão a receber 27 vezes mais do que ganha um trabalhador com salário mínimo. Se a maioria parece ter sentido vergonha da aprovação e preferiu sair "à francesa" do plenário, alguns vereadores não se intimidaram com as vaias que vinham das galerias.

"Eu tenho vergonha é do salário que eu ganho na Câmara", declarou o vereador Henrique Braga (PSDB) ao encaminhar seu voto favorável. Braga não hesitou em completar: "Quem está insatisfeito, filie-se a um partido político e concorra às eleições no ano que vem".

As justificativas para a elevação salarial são muitas, mas, para o líder de governo, Tarcísio Caixeta (PT), o principal motivo é o acúmulo de funções. "Para as responsabilidades que um vereador tem, R$ 9.000 é pouco", justificou.

Até mesmo o combate à corrupção foi usado como argumento. "O vereador precisa ser bem remunerado para não se corromper", afirmou Henrique Braga.

Apenas três votaram contra o projeto: Arnaldo Godoy (PT), Iran Barbosa (PMDB) e Neusinha Santos (PT) - os dois últimos fizeram questão de explicar seus motivos, citando inclusive a crise financeira internacional. "Precisamos levar em conta a crise que atinge o Brasil", disse Neusinha.

Trem da AlegriaCom o voto favorável do vereador Cabo Júlio (PMDB) - que na sessão de anteontem fez questão de declarar que não havia assinado a proposta da Mesa Diretora - também foi aprovado o projeto que prevê a criação de 12 cargos comissionados na Câmara.

As vagas são para os mais altos níveis, em que os salários podem passar de R$ 9.000. O impacto financeiro previsto é de R$ 1.162.578,33 mensais.

FOTO: Charles Silva Duarte 09.09.2011
Caixeta é acusado de acelerar tramitação de projetos do Executivo
Venda de imóveis
Em reunião com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), na manhã de ontem, os vereadores definiram quais os projetos de autoria do Executivo entrarão nas pautas das duas reuniões extraordinárias marcadas para a semana que vem. Depois disso, os parlamentares entrarão em recesso.

Entre os projetos considerados urgentes pela prefeitura, alguns dividem os vereadores. Dois são prioritários. O primeiro prevê a venda de 118 imóveis do município (PL 1698).

O segundo projeto (PL 2030) prevê a construção de um centro de convenções na avenida Cristiano Machado, na região Nordeste de BH. Este foi motivo de bate-boca entre os vereadores. Leonardo Mattos (PV) acusou Tarcísio Caixeta de ter corrido com a tramitação do texto e não estimular um debate aprofundado sobre a questão. (LA)
Guardas protestam nas galerias da Câmara
O projeto de lei que institui o plano de carreira da Guarda Municipal da capital voltou a causar confusão na Câmara ontem. A proposta também carrega a emenda "cabidão", que cria 97 cargos comissionados na corporação.

O secretário do Sindicato dos Guardas Municipais de Belo Horizonte (Sindguardas), Renato Rodrigues, acusou o vereador Tarcísio Caixeta (PT) de quebrar o acordo feito no início da semana para a suspensão da proposta. Segundo ele, o objetivo era formular outro texto a partir de uma comissão formada entre representantes da corporação e vereadores.

Caixeta negou a quebra do acordo, mas não foi suficiente para evitar o embate com os guardas presentes. O projeto teve a votação adiada outra vez. (LA)
Fonte: O Super.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sua opinião, que neste blog será respeitada

politicacidadaniaedignidade.blogspot.com