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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Deputado João Leite quer tratamento privilegiado da PM para lotéricas

Deputado sugere que câmeras em lotéricas sejam ligadas à PM

A fim de reduzir a incidência de furtos e roubos às casas lotéricas e agências dos Correios, o deputado João Leite (PSDB) propôs a instalação de câmeras de vídeo ligadas diretamente à Polícia Militar nesses estabelecimentos. A sugestão foi dada durante audiência pública da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizada nesta terça-feira (24/4/12). Requerida pelo parlamentar, ao lado do deputado Sargento Rodrigues (PDT) e da deputada Maria Tereza Lara (PT), a reunião teve o objetivo de buscar soluções para o crescente número de ocorrências registradas nos postos lotéricos e dos Correios que realizam operações bancárias, os chamados “correspondentes bancários”. As lotéricas mantêm convênio com a Caixa Econômica Federal (CEF); os Correios, com o Banco do Brasil.
O subdiretor de Apoio Operacional da Polícia Militar de Minas Gerais, major Jorge Rocha, informou que, de janeiro de 2011 a março de 2012 foram registrados 69 assaltos a agências dos Correios com o uso de arma de fogo e 255 a casas lotéricas no Estado. “Não assistimos nesses correspondentes bancários o mesmo aparato de segurança presente nas agências bancárias, como portas giratórias e vigilantes armados”, destacou o deputado Sargento Rodrigues. Depois das falas dos representantes das instituições, Rodrigues se disse decepcionado por não ter ouvido qualquer sugestão para reduzir a violência nos estabelecimentos.
Redução – O gerente regional de Canais da CEF, Júlio Cesar Tavares dos Reis, informou que, apesar de não servir de consolo, as lotéricas já foram os estabelecimentos comerciais mais visados pelos bandidos, mas que hoje ocupa a 9ª ou 10ª posição. Segundo ele, alguns incentivos oferecidos aos lotéricos contribuíram para essa queda no ranking. Um deles é a remuneração adicional de segurança, que financia o transporte de valores por empresas especializadas. Um auxílio extra, segundo Reis, estimula os proprietários a providenciarem a blindagem de suas agências. Júlio Reis disse que não há registro de assaltos a lotéricas blindadas.
Mas os comerciantes não estão satisfeitos com a situação atual. O presidente do Sindicato dos Lotéricos de Minas Gerais, Marcelo Gomes de Araújo, disse que o auxílio para o transporte de valores foi criado há três anos e ainda não foi reajustado. Com os repasses defasados, já não é possível contratar empresas transportadoras aos sábados, quando o preço é mais alto.
Os funcionários das lotéricas também não se sentem confortáveis com a situação. Antônio Paulo Guedes do Nascimento, presidente do Sindicato dos Empregados Lotéricos, Jogos, Bingos e Similares de Minas Gerais, acusa a CEF de omissão. “A Caixa tem responsabilidade direta na segurança das lotéricas, e está sendo omissa”, reclamou.
Questionado por que a CEF não cumpre a Lei Municipal de Belo Horizonte 10.128, de 2011, que obriga os bancos a manterem seguranças armados em cada unidade comercial que atue como correspondente bancário, Júlio Reis respondeu que a instituição apenas segue a orientação da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). “Essa postura dos bancos públicos de não obedecerem a leis municipais nos preocupa, porque há dinheiro público investido nessas instituições”, ponderou Sargento Rodrigues. “Enquanto isso, a Polícia Militar fica sobrecarregada”, concluiu.
Correios investem R$ 18 milhões em segurança em 2012
Já em relação aos Correios, o analista da empresa José Alcir Araújo Silva enfatizou que as unidades recebem os equipamentos mais avançados do mercado para garantir a segurança. Ele disse que só em 2012 serão investidos R$ 6 milhões em novos produtos e R$ 12 milhões em custeio, que envolve vigilância eletrônica, manutenção de equipamentos e salários dos seguranças que atuam em 139 das 923 agências dos Correios em Minas Gerais.
No final da reunião, o deputado João Leite disse acreditar em uma solução integrada para o problema de furtos e roubos aos estabelecimentos. “Espero um entendimento entre o Banco do Brasil, a Caixa, os Correios e a Polícia Militar para aumentar a segurança da população e dos funcionários dos correspondentes bancários”.
Em sua intervenção, o deputado Duarte Bechir (PSD) lembrou que a onda de assaltos está ligada ao consumo do crack. Segundo ele, a preocupação aumenta com a previsão de que todas as cidades do Estado deverão contar com pelo menos uma agência lotérica.
Requerimentos – A comissão aprovou três requerimentos na reunião. Dois, do deputado Sargento Rodrigues, solicitam manifestação de aplauso a policiais militares da Rotam que realizaram apreensões significativas de drogas em Belo Horizonte e Contagem. O outro, dos deputados da comissão, pede o envio de ofício ao chefe da Polícia Civil solicitando providências para a reestruturação da delegacia de polícia de Esmeraldas (Região Metropolitana de Belo Horizonte).

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