Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Uma reflexão ao titulo do artigo "O que o Estado brasileiro está fazendo para proteger os trabalhadores da segurança ameaçados?"

Prezados companheiros, e especialmente ao combativo amigo Cabo Anastácio,


O autor do artigo a que nos referimos para reflexão, Cabo Anastácio é editor do blog *noqap, e também militante e defensor da valorização dos policiais e bombeiros militares e de sua cidadania.



**Mais um agente penitenciário foi assassinado quando saía do serviço em Uberlândia. No mês passado foi uma agente feminina que foi alvejada quando chegava ao serviço em Uberaba. Antigamente os vagabundos raramente ameaçavam profissionais da segurança pública. 

De um tempo pra cá, esta prática virou rotina, e o pior, o que era ameaça está se consumando a dia após dia. Estão ameaçando e concretizando as ameaças. E o Estado, e aqui não falo apenas da administração, E o Estado seja o Ministério Público, o Judiciário? O que está sendo feito para coibir esses crimes? No começo do ano alvejaram um promotor de justiça. 

Meses atrás um outro promotor recebeu a denúncia de que estaria sendo vigiado, inclusive sua família, e que estaria correndo o risco. Imediatamente fizeram uma força-tarefa para protegê-lo, desmembrando os processos sob sua responsabilidade para os demais promotores, no intuito de enfraquecer o eventual criminoso. E quando aos agentes penitenciários, sócio-educativos, policiais militares, bombeiros? 

A vida não tem hierarquia, título ou brevês, A vida tem valor por si só. Então a máxima de que todos somos iguais perante a lei, de que todos devemos ter direito ao Direito Humano à vida, deve ser a máxima de qualquer governo. O que estão fazendo pelos agentes ou trabalhadores da segurança pública que estão sendo ameaçados de morte?


*José Luiz Barbosa, Sgt PM - RR


A pergunta do titulo não seria: O que estamos fazendo pela nossa proteção e valorização como agentes policiais do estado? cujo cumprimento do dever nos impõe muitas vezes o sacrifício da própria vida e o ônus da condição policial pelo resto de nossas vidas.

Para exemplificar, que não reagimos, aceitamos e até se legitima tacitamente, e há os que defendem como uma conquista, a exploração dos policiais militares da reserva que retornam aos quadros da ativa, pelo instituto da reconvocação e os que prolongam sua permanência em troca do abono permanência, mesmo sendo alertados de que tal medida em momento oportuno seria um dos argumentos a também legitimar o aumento do tempo de serviço para 35 anos, como já anunciado pelo vice-líder do governo Deputado Cabo Júlio.

Como se o deficit da previdência e da má administração do Estado fosse responsabilidade dos policiais e bombeiros militares, e argumento suficiente para mexer no edifício de direitos previdenciários e outros duramente conquistados pela histórica luta da classe e inerentes à especialidade, complexidade, responsabilidade e exigências da profissão e da atividade policial.

Em outra analise das consequências advindas de tais omissões e do silêncio concordante, os que retornam para a atividade na reconvocação quando vitimados em serviço, suas mortes nestas condições não implicam em nada para o estado, ao contrário será menos um número.

E por outro lado, nada acrescenta ou aumenta no patrimônio financeiro familiar ou à pensão da viúva, como nos muitos casos em que temos notícias, salvo aqueles direitos que alcançam a todos, como auxilio funeral, translado, e o pagamento de uma indenização securitária no valor humilhante de R$25.000,00 (vinte e cinco mil reais) que depois de aprovada a lei nunca mais se preocupou em atualizar e reajustar seus valores e condições.

Isto para ficar em um pequeno recorte sobre uma realidade que projeta seus efeitos para o futuro.

Então caros companheiros, e nobre Cabo Anastácio, repito, a pergunta pertinente não seria? 

O que estamos fazendo pela nossa proteção e valorização como agentes policiais do estado?

Nossa vida é um bem valioso e inalienável, por isto não devemos confiar  a sua salvaguarda e proteção a terceiros.

*"O que o Estado brasileiro está fazendo para proteger os trabalhadores da segurança ameaçados?" foi publicado originalmente no blog noqap.



**Fonte: http://noqap.blogspot.com.br/

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