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Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Corregedoria faz buscas na casa de promotor e em escritório de advocacia


A Corregedoria do Ministério Público Estadual o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Belo Horizonte cumpriram, nesta terça-feira (22), mandados de busca e apreensão na casa do promotor Fábio Guedes de Paula Machado e no escritório e casa de uma advogada. Outros quatro locais, que não foram divulgados, foram verificados. A corregedoria e o Gaeco investigam um suposto esquema envolvendo ações que tramitavam na promotoria de Meio Ambiente na qual Fábio Guedes atua.
Na casa da advogada, cujo nome não foi revelado pela polícia, foram recolhidos oito sacos com documentos. O material foi encontrado na casa da advogada, que mora em uma cobertura na rua Silva Jardim, bairro Fundinho, setor central de Uberlândia.
Os documentos recolhidos também no escritório da advogada, localizado na região Central, lotaram o porta malas da viatura da Polícia Militar (PM), que participou da operação. Não foram divulgadas informações sobre o material recolhido nos imóveis da advogada e nem na casa de Fábio Guedes, que mora em um condomínio fechado no bairro Morada da Colina, zona sul da cidade.
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Documentos foram apreendidos na casa de uma advogada (Foto: Diogo Machado)
O suposto esquema envolvendo o promotor e o escritório de advocacia ocorreria quando havia notificações de irregularidades envolvendo, por exemplo, alvarás de funcionamento ou licenças ambientais. A suspeita é de que o próprio promotor indicava a advogada para fazer a defesa dos envolvidos em processos da promotoria de Meio Ambiente.
A partir daí o escritório fazia as defesas dos notificados e repassaria parte do dinheiro das ações ao promotor. Em troca, o promotor supostamente atuaria para protelar a ação, dar mais prazo ou até encerrar o caso. As vítimas seriam, entre outros, grandes empreendedores imobiliários.
Na operação, além do apoio da PM, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também acompanham o caso por ter o suposto envolvimento de advogados. De acordo com o presidente da 13ª subseção da OAB em Uberlândia, Egmar Ferraz, é um procedimento normal que representantes da Ordem acompanhem investigações envolvendo advogados.
A reportagem do CORREIO de Uberlândia não conseguiu contato com o promotor Fábio Guedes e com o escritório de advocacia  alvo da operação policial. Ambos não atenderam as ligações. A corregedoria informou que emitirá uma nota oficial sobre o caso ainda nesta terça-feira.
Materiais apreendidos
Entre o material apreendido, existem mídias, documentos e computadores. O procurador de justiça responsável pela condução das operações em Uberlândia, André Ubaldino, afirmou que o material será levado a Belo Horizonte e entregue, na manhã desta quarta-feira (23), ao Procurador Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais, Carlos André Mariani Bittencourt, que preside o caso. “A expectativa de finalização de todas as investigações gira em torno de 30 dias, podendo se exceder caso surjam novas provas”, disse.
Ubaldino afirmou também que muitos detalhes ainda são sigilosos. “Sabemos do interesse da população em tomar conhecimento das informações, mas não posso confirmar, nesse momento, quantas e quais pessoas estão sendo investigadas”, disse.
Promotor tentou sair do País com dinheiro não declarado
O promotor Fábio Guedes foi detido no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), no dia 11 desde mês, quando embarcava para o exterior levando cerca de 30 mil euros (R$ 126 mil)sem declarar a Receita Federal. Por lei, qualquer cidadão só pode sair do País com R$ 10 mil sem informar às autoridades. Não há informações, no entanto, se a ação da corregedoria de hoje tenha relação com o suposto crime de evasão de divisas do dia 11.
O promotor seguia para Barcelona onde alegou que participaria de uma conferência. Esta informação foi confirmada pela Universidade Federal de Uberlândia, em que Guedes é professor. Ele deveria ter pedido licença do cargo que ocupa na instituição, mas não o fez, segundo a universidade. O promotor está em férias do cargo que ocupa no Ministério Público Estadual.

Fonte: http://www.correiodeuberlandia.com.br/cidade-e-regiao/corregedoria-faz-buscas-na-casa-de-promotor-e-em-escritorio-de-advocacia/

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