Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Uma opinião politicamente correta, mas que não empodera os policiais e bombeiros militares na discussão de sua representação política de classe.

ÁMEM Opinião: Briga dos Deputados classistas e o 02 de Fevereiro


Muitos colegas e amigos perguntando nossa opinião sobre a troca de mensagens e acusações entre os Deputados classistas e a convocação para a manifestação do 02 de Fevereiro e vamos dar nossa opinião, não necessariamente unanime entre a diretoria da ÁMEM, mas a minha em especial já que outros representantes infelizmente parecem não querer dizer a respeito, e não nos cabe avaliar seus motivos.

Não consideramos desrespeito às demais entidades emitir nossa opinião, respeitamos e aliás exaltamos as conquistas do passado mas pra frente que se anda e jamais nos omitiremos de dizer o que pensamos.

Em tempos de ataques a previdência e paridade, e olha que só está começando, até o próximo dia 28 de janeiro a ÁMEM vai publicar um vídeo estarrecedor sobre um plano nacional para se acabar com a paridade das Corporações militares e vamos mostrar que Pimentel não vai se envolver diretamente, como é de seu feitio, mas esse movimento começou no Rio Grande do Sul no ano passado, depois com discursos assustadores do Governador do Rio de Janeiro e agora com as ações do Governo Pimentel em Minas Gerais. Tudo isso sincronizado com discursos da Presidente Dilma e seus Ministros, sobre a necessidade de rever as questões previdenciárias no País. Claro está que se trata de um grande movimento coordenado pelo Governo Dilma e seus aliados nos estados federativos.

Diante disso a necessidade de uma classe mais unida do que nunca, mas diariamente assistimos ataques contínuos entre os Deputados Sargento Rodrigues e Cabo Júlio. Percebe-se claramente com montagens e acusações mais antigas que não são apenas as assessorias dos dois Deputados que promovem essa guerra de bastidores, mas também muitos oportunistas interessados nessa cisão. 

Isso por que estamos em ano eleitoral e claramente outros grupos e outros políticos tem interesse em ocupar cargos e com o enfraquecimento de alguns grupos acabam por ter mais chances, ou assim pensam. Então é claro que há outros interesses no meio dessa contenda.

Sobre a clara tentativa do Governo Pimentel de isolar e desmoralizar o Deputado Rodrigues, está muito claro que devemos nos unir e abraçar o Deputado, mesmo quem eventualmente não goste dele, mas por interesses maiores que são nossos direitos e conquistas históricas. Enfraquecer um representante da classe só interessa a um lado, e não é o nosso.
Da mesma forma somos contrários a qualquer movimento que seja o enfraquecimento do Deputado Júlio. Discursos sobre fatos antigos ou apurações e mesmo ações na justiça jamais foram motivos para motivar o afastamento de quem quer que seja. 

Se há fatos de qualquer lado a se discutir, é problema e função da justiça. Representação classista está acima disso. Júlio e Rodrigues foram importantes não apenas no movimento de 97, no início do Governo Aécio tomaram a frente de todas as negociações numa época de imprensa amordaçada e junto com as entidades, lideradas pelo Coronel Mendonça, enfrentaram o Governo num momento difícil. Tivemos algumas perdas, mas também conquistas naquele momento.

Da mesma forma o aumento escalonado negociado em 2010 não seria possível sem a participação dos dois, por mais que já estivessem se estranhando. Sem afastar a participação das entidades de classe, mas já naquela época percebíamos que sem os dois Deputados não chegaríamos a lugar algum. E me desculpe quem discorde, mas a participação dos dois foi extremamente importante, e acompanhamos os fatos de perto, mesmo não estando em representação da classe.

Por isso a minha conclusão, e de vários colegas com quem converso, creio que maioria dos militares do estado é de que essa briga só enfraquece e por mais que os dois tenham diferenças para resolver, foram eleitos para representar a classe e nesse momento devem deixar suas vaidades e diferenças de lado. Devem arregaçar as mangas e se unirem aos objetivos dos PMs e BMs. É uma trégua agora e se possível mais adiante também, caso contrário vamos resolver a questão do parcelamento dos salários primeiro e depois podem conversar da forma que acharem mais adequado.

Neste sentido, desde já concito aos companheiros a fazerem pedidos aos dois Deputados, que estejam na mesma mesa de negociações em respeito a quem os elegeu e que ignoremos qualquer mensagem de confronto entre os dois, muitas delas mandadas por terceiros interessados nessa briga. Rogamos, ainda a ambos, que um respeite o espaço do outro, Deputado algum perderá sua importância por que o outro assim deseja.

DIA 02 DE FEVEREIRO
Sobre a questão do manifesto dos militares de 02 de fevereiro, nunca dissemos que não apoiamos, conforme alguns boateiros chegaram a dizer.

Não só apoiamos como estaremos presentes. E convocando companheiros dentro das nossas limitações. O que ocorre é que jamais deixaremos de discordar, de forma respeitosa mas sem esconder o que pensamos.
A crítica foi ao tal Gabinete Integrado, que em pouco tempo de fato se tornou inviável pelo tom dado pelos representantes dos professores e dos policiais civis. Logo, nossa crítica não estava incorreta e nem foi desrespeitosa, somos representantes dos militares, não da área de saúde ou educação.

Outro ponto foi o local e motivo. Fosse discussão do aumento de salário, talvez a Assembleia fosse o local mais indicado, mas atraso e parcelamento são decisão do Governador e seu secretariado, logo o local ideal, na nossa avaliação, seria a Cidade Administrativa. E a tropa e familiares certamente atenderiam o chamado em maior número. Mas não é motivo para não comparecer, pelo contrário, temos que invadir a Praça da Assembleia em bom número e mostrar que estamos unidos.

Finalmente pensamos que estar “unos e indivisíveis” é não colocarmos problemas individuais e particulares ou vaidades na frente dos interesses da classe e a observação não é para os parlamentares, mas para as entidades de classe, afinal se um membro, Deputado, não era bem vindo à reunião, as entidades não deveriam ter aceitado o encontro parcial com apenas 2 entidades e posando sorrindo para foto num ambiente hostil. Deveríamos ter exigido a participação do Deputado e trazido de imediato o outro Deputado para a mesa de negociação. 

Uno e indivisível significam todos juntos e não dois ou mais grupos unidos por interesses e afinidades pessoais. Estamos falando da representação de toda a tropa e não de grupos distintos.


Dia 02 de Fevereiro a ÁMEM estará presente com seus diretores e apoiadores e concita a todos que estejam presentes e levem a família e amigos.

Norberto Rômulo Russo, Ten Cel
Presidente da ÁMEM

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