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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Lições a seguir na redução dos crimes em São Paulo


Relação de assassinatos por grupos de cem mil habitantes ficou abaixo da referência internacional, resultado da política de prender mais e aprimorar ação da polícia
   

Por mais polêmica que tenha sido a decisão do governador Geraldo Alckmin de adotar nova metodologia para estabelecer os indicadores de criminalidade em São Paulo, é fora de questão que o estado começa o ano com um perfil positivo na sua política contra a violência. 

Os números levantados pela Secretaria de Segurança Pública mostram que todas as rubricas apresentaram algum nível de queda. É particularmente importante que a taxa de assassinatos (homicídios dolosos, com intenção de matar) tenha ficado abaixo da relação de dez óbitos por grupo de cem mil habitantes, o patamar a partir do qual a ONU considera a violência criminal fora de controle, epidêmica. São Paulo fechou 2015 com a marca de 8,73/100 mil.

A polêmica se concentra neste indicador. Para efeitos estatísticos, em vez de quantificar a rubrica pelo número de mortos, metodologia geralmente adotada no Brasil, o governo passou a levar em conta os episódios em si, o registro de cada caso nas delegacias, independentemente do total de vítimas. Dessa forma, uma chacina ganhou o mesmo peso de um homicídio isolado.

Se tivesse mantido a antiga metodologia, os indicadores seriam outros, mas ainda assim não muito mais altos. A relação subiria para menos de 11 mortos/100 mil habitantes, ligeiramente superior ao índice de referência internacional, mas bem abaixo da média nacional de assassinatos, 25,2/100 mil no ano passado. Sob qualquer viés, em 2015 São Paulo registrou positivas taxas de contenção da criminalidade.

Vale ressalvar, no entanto, que a violência da criminalidade não está totalmente contida no estado. Ali ainda opera, com desenvoltura preocupante, a maior facção do crime organizado do país, o PPP. A quadrilha, articulada nos presídios, é responsável por surtos de crimes no submundo do tráfico de drogas, guerras por controle de áreas e uma deletéria influência sobre a população carcerária e não apenas em São Paulo. 

Mas, de qualquer forma, a curva descendente dos indicadores criminais evidencia que as autoridades de segurança parecem ter optado por ações que sinalizam caminhos para outras unidades da Federação enfrentarem o banditismo local.

Há indicações claras de que algumas das iniciativas que São Paulo vem tomando se revelam acertadas opções estratégicas. Foi o caso do esforço de construção de novos presídios por Mario Covas, quando esteve à frente do governo, entre 1995 e 2001. 

Aqui, deu-se uma extensão lógica de um princípio de combate ao banditismo, o mesmo que embasou a bem-sucedida política de tolerância zero em Nova York — prender como pressuposto de inibição de crimes. Embora haja reparos a fazer na questão das drogas

A polícia paulista também melhorou a produtividade, com aperfeiçoamentos técnicos na sua operação. Os demais estados têm lições a tirar no esforço paulista por melhorar o combate ao crime.


Fonte: http://oglobo.globo.com/

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