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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Trabalho de proteção de nascentes ajuda a garantir água em MG 



A grande estiagem do verão no Sudeste nos últimos dias provocou a realização de uma campanha para economizar água na Grande São Paulo. Extrema, em Minas Gerais, aposta na proteção das nascentes para garantir o estoque de água. O município está ganhando fama mundial com o Programa Conservador das Águas, o projeto recebeu o prêmio da ONU de melhores práticas ambientais no planeta. 

São Pedro foi mais uma vez acusado de negacear com as chuvas. Na terra, o grande vilão da vez é o conjunto de represas chamado de Sistema Cantareira, acusado de baixar o nível. O cabeça do complô seria o reservatório Jaguari, o coração do sistema que nos últimos dias mostrava as gengivas e parte dos fundos com menos de 10% da capacidade, assombrando com a falta d’água a região metropolitana de São Paulo. 

Mas, a responsabilidade material seria do Rio Jaguari, que corre na divisa entre São Paulo e o sul de Minas, e é principal alimentador do sistema. Ele é bebido inteirinho pela população paulistana. O Rio Jaguari é caudaloso na época de chuva e verte por toda cortina de pedra. Nos picos de cheia alcança uma vazão de até 200 mil litros por segundo. A vazão média do rio é de 22 mil litros por segundo. Em um dia nessa semana a vazão foi de 1.350 litros, quando o Jaguari contribuiu com o Sistema Cantareira com apenas 6% do que costuma levar. O Rio Jaguari é abastecido pela água que vem das nascentes. 

O Sistema Cantareira conta com aproximadamente dez mil nascentes. O Rio Jaguari engrossa e ganha corpo na divisa paulista de Joanópolis com Extrema, no extremo sul de Minas. O município está ganhando fama mundial com o Programa Conservador das Águas, um projeto de proteção de nascentes que, entre tantos prêmios, levou o troféu da ONU de melhores práticas ambientais no planeta. A grota pioneira do programa tinha sido desmatada e formada de pasto. 

Em 2008, foi concluído o trabalho de cercada e replantio. Hoje, o lugar é um vistoso capoeirão revigorado. “Ela está com 60% da vazão original, da vazão média. Ela teve um pouco da sua capacidade, mas está uma nascente viva”, diz o secretário de Meio Ambiente de Extrema, Paulo Pereira. O programa de Extrema reconhece o proprietário rural como prestador de serviços ambientais já que ele abre mão de ter lucro em áreas protegidas para garantir um bem comum que é a água. A chuva quando cai em terreno limpo corre direto para o rio e logo volta para o mar. 

Em áreas conservadas, a água se infiltra no solo, forma bolsões freáticos na montanha, por exemplo, encharca o solo e o subsolo. Depois, vai se liberando devagar pelas nascentes, garantindo o abastecimento nos períodos secos. 

O proprietário inscrito no projeto ganha por ajudar a estocar água. A propriedade de João Batista de Oliveira tem 122 hectares no Programa Conservador das Águas. Ele foi um dos primeiros produtores a participar do projeto na região e recebe atualmente cerca de R$ 2,3 mil por mês como compensação. “A água para o gado não falta, mas o volume caiu 40%”, diz. 

O criador Hélio de Lima é proprietário de 90 hectares na serra da Mantiqueira. Praticamente a metade do local é coberta de mata que compõe um mosaico de pasto e áreas de roça com grotas sadias. “Hoje, temos água. Nove minas todas preservadas. Nenhuma secou”, diz. As nascentes da fazenda fornecem água capaz de abastecer seis mil pessoas na cidade de São Paulo. 

O criador poderia ter mais 30 ou 40 cabeças de gado nas áreas reflorestadas. Ele recebe R$ 1,6 mil de compensação. Mas, não tem nada que pague ver as minas perenes. Nas áreas com reservas de mata as nascentes sofreram menos com a inédita estiagem de verão, o que reforça uma lição que parece ter sido esquecida por parte da população. Como o alimento que vem da fazenda, a água consumida na maioria das cidades brasileiras também é produzida na propriedade rural. 

O município de Extrema já conta com 7,5 mil hectares no Programa Conservador das Águas e avança ao ritmo de plantio de 800 mudas por dia na meta de agregar 150 hectares ao ano. Na composição do Sistema Cantareira, o programa participa com apenas 7% das nascentes. Mas, segundo o secretário Paulo Pereira, tem um balanço positivo. O programa de Extrema foi inspirado no modelo de Nova York, nos Estados Unidos. 

Há 25 anos, ao invés de gastar bilhões em reservatórios, o estado optou por investir milhões em propriedades que produzem água a 200 quilômetros de distância. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) abastece a Grande São Paulo. 

O coordenador de mananciais Ricardo Araújo disse que a empresa já plantou R$ 1,3 milhão de mudas para melhorar o Sistema Cantareira, mas não tem planos, no momento, de pagar compensação aos proprietários rurais, como acontece em Extrema. Em Brasília, há projeto que cria uma política nacional de pagamento por serviços ambientais parado na Câmara Federal. AmbienteBrasil (Fonte: Globo Rural) 

Mesmo em 'calamidade financeira', governo de MG compra mais dois helicópteros



Modelo escolhido pelo governo de Minas é o Airbus AS350 B3e



O Gabinete Militar do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), está comprando mais dois helicópteros, ao custo de R$ 21,8 milhões, em meio à 'calamidade financeira' decretada pelo Estado. O governo alega que os modelos Airbus AS350 B3e, já encomendados, serão adquiridos para missões de segurança pública e defesa civil. Não há impedimento para que também transportem o petista.

No domingo, dia 1º, Pimentel utilizou uma aeronave oficial para buscar seu filho em um condomínio às margens do lago de Furnas, em Minas, após uma festa de réveillon. O governador afirmou, em nota, que o uso do helicóptero é legal e citou um decreto de 2005 que autoriza que prevê a utilização para fins "de qualquer natureza".

O deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT), porém, já afirmou que pedirá ao Ministério Público que investigue possível mau uso de recurso público.

Questionada pela reportagem, a assessoria de imprensa do governo mineiro informou que os helicópteros estão sendo comprados pelo Gabinete Militar do governador porque a Defesa Civil está subordinada ao órgão. Afirmou ainda que eles serão usados também em operações da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Exceção
As aeronaves, disse o governo, poderão ser acionadas para o transporte do governador, mas somente em casos excepcionais, como quando a aeronave que já é destinada a esse fim não estiver apta para voo ou sendo empregada em outras missões.

"O objetivo do governo é, até o fim deste mandato, criar um comando aéreo e disponibilizar, assim, um helicóptero para ações de resgate em cada uma das regiões de Minas Gerais", justificou o governo, em nota.

O governo mineiro alega ainda que o uso de aeronaves pelo governador não é exclusivo. "As mesmas também são utilizadas para demandas diversas de interesse público, tais como transporte de órgãos para transplantes e atendimento a emergências de Defesa Civil e segurança pública."

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