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domingo, 21 de agosto de 2011

52% apoiam 'faxina' de Dilma nos Transportes; PR deixa base aliada

 

Maioria da população apoia medidas que Dilma Rousseff adotou na área dos Transportes, segundo pesquisa Sensus. Em represália, PR, partido alvo da 'limpeza, anuncia saída da base de apoio a Dilma e postura independente no Congresso. Pesquisa também mostra acomodação da popularidade do governo, depois de uma primeira fase de grande expectativa.

BRASÍLIA – A “faxina” da presidenta Dilma Rousseff no ministério dos Transportes por causa de irregularidades e deficiências teve o apoio da maioria da população, segundo pesquisa do instituto Sensus divulgada nesta terça-feira (16/08). As medidas presidenciais foram aprovadas por 52% dos brasileiros e desaprovadas por 9%. O resto não sabia opinar ou desconhecia o assunto.

Quando o cálculo se limita às pessoas que estavam acompanhando a crise ou pelo menos tinham ouvido falar dela, o apoio à “faxina” era de 79%, contra 13% de reprovações – 7% não opinaram.

Apesar de a maioria da população apoiar Dilma, 45% dos entrevistados acham que a crise “afeta” a imagem presidencial, ante 16% que não vêem influência. O resultado também muda, quando restringe-se a quem tomou conhecimento da crise nos Transportes: 69% acreditam que a imagem de Dilma é afetada.

A pesquisa é regularmente encomendada e divulgada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). A entidade é presidida pelo senador Clésio Andrade (MG), que pertence ao Partido da República (PR), “alvo” da faxina.

O presidente do partido é o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento (AM), também senador. O ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (DNIT) Luiz Antonio Pagot tinha sido indicado pelo atual senador Blairo Maggi (MT), igualmente do PR.

O atual ministro, Paulo Sérgio Passos, também tem carteirinha do PR. Porém, ao prestar esclarecimentos sobre os problemas da pasta, nesta terça-feira (16/08), no Senado, Passos disse que o cargo dele não é do PR, mas da presidenta Dilma. É uma mudança no discurso do governo, que havia dito, por ocasião da troca de Nascimento, que a pasta continuaria com o PR.

A declaração, na verdade, antecipou um movimento de certo afastamento em relação ao governo que o partido vinha costurando e formaliza nesta terça-feira (16/08). Nascimento vai anunciar, em discurso na tribuna do Senado, que o partido será independente - deixará de votar a favor automaticamente. O posicionamento foi atencipado pelo líder do partido na Câmara, Linconl Portela (MG).

O Planalto teme que a “independência” faça com que os senadores unam-se a adversários de Dilma na criação de CPIs. Sem isso, a oposição não consegue abrir CPIs sozinha. Nos últimos dias, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Idelli Salvatti, procurou senadores do PR para tentar impedir alianças eventuais deles com a oposição.

Com o afastamento, o governo perde o apoio automático de 41 deputados e 6 senadores.

Popularidade de Dilma
A pesquisa CNT/Sensus trouxe resultados semelhantes ao de recente pesquisa Ibope feita a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ambas apuraram que, após um primeiro momento de grande expectativa, normal em todo início de governo, o otimismo recuou um pouco, mas se estabilizou em patamar elevado.

Em todas as áreas específicas de atuação do governo que foram objeto de perguntas na pesquisa (saúde, educação, emprego e segurança pública), a sensação das pessoas é de menos otimismo agora do que em dezembro, às vésperas da posse de Dilma.

No levantamento Sensus, o governo dela foi considerado bom ou ótimo por 49% dos entrevistados (48% no Ibope), regular por 37% (36% no Ibope) e ruim ou péssimo por 9% (12% no Ibope). A aprovação pessoal da presidenta no Sensus foi de 70% (67% no Ibope) e a desaprovação, de 21% (25% no Ibope).

Uma grande diferença entre as duas pesquisas foi a comparação com o governo Lula. Nos dois levantamentos, 11% das pessoas acreditam que Dilma se sai melhor. Mas, enquanto no Ibope 57% acham que vai ser igual e 28%, pior, no Sensus, os dois índices são de 38% e de 45%, respectivamente.

*Matéria atualizada para acréscimo de informações

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